As vidas nada valem, infelizmente é assim na Gotham do primeiro EU

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Os Cavaleiros da Távola Redonda, deveriam estar se preocupando em como irão fiscalizar as verbas que chegarão para a reconstrução de Gotham City e estar indo em comissões (não com brilho pessoal) nos abrigos e fiscalizar o funcionamento. Seria um belo jus ao soldo que recebem mensalmente. Mas não, passaram um dia inteiro discutindo a morte da bezerra, em um grande jogo de cena e com cartas marcadas, para quererem ganhar território político e pensando nas eleições do final do ano.

As vidas nada valem, infelizmente é assim na Gotham do primeiro EU.

O custo disso foi, em um dia, de R$ 10.500 reais ou R$ 500 por edil, esse é o cálculo gasto para propaganda política antecipada na casa que deveria ser do povo, poderiam comprar 200 cestas básicas para quem tudo perdeu nas enchentes. E estou calculando só sobre os salários, imaginem mais o valor com pessoal e com a organização da sessão.

Acho, e sou favorável, que se investigue todo e qualquer mandatário que tenha errado no poder. Mas a discussão aqui é “os porquês” da atitude. Quase todos os cavaleiros da Távola, já andaram ao lado do Reino de Gotham, com polpudos cargos no executivo, que vão de secretários até aos postos mais simples. Enquanto isso acontecia, o governo era uma maravilha, CPIs não eram importantes, fiscalizar muito menos, afinal, fizesse isso o “queridão do edil” perderia a boquinha dos seus “parças”.

Essa é a política oportunista, a cidade está arrasada, mas eles têm dinheiro e tempo para fazerem camisetinhas de pré-campanha eleitoral, deveriam ser cassados por isso também?

Para uma pessoa querer cassar a outra ela tem que ser exemplo, tem que ter uma conduta ilibada, não pode ser aquela pessoa que pula de galho em galho a cada mudança no poder, e em Gotham muda muito né?

Aí, vão para a tribuna e viram leões, tanto na acusação como na defesa. Essas pessoas não olham para trás, não tem memória, nem sabem com que andavam ontem.

Eu vou lembrar, estavam todos do mesmo lado, se salvando um ou dois, que talvez tenham ficado de fora apenas por um desacerto nas condições dos “favores” que iriam receber.

A “sujeira” que deve ser limpa não é só a das casas de quem perdeu tudo, é preciso limpar a “sujeira moral dos políticos de ocasião”, mas isso ninguém vê, ela está debaixo de tapetes pelos corredores e gabinetes que regem o poder.

Agora, em vez de estarem auxiliando a população, estão pagando uma de leões ferozes, mas enquanto havia acordos feitos eram gatinhos manhosos. Dá para contar nos dedos, qual vereador realmente permaneceu nas ruas ajudando seus cidadãos.

Não sou contra de maneira alguma de uma investigação da conduta dos poderosos, se errou que responda por isso com todos os rigores da lei.

O QUE SOU CONTRA, é o jogo de cena, da política da pior espécie, onde não existem santos, mas querem usar a batina de senhores da boa-fé. Não são, quem mora em Gotham City está calejado de saber quem é quem na Távola Redonda.

Reaparecem a cada quatro anos com os super-heróis da vez, mas passam adormecidos em divinos cargos públicos durante o restante do mandato.

 

 

 

 

 

 

 

Uma Resposta

  1. Não existe “sujeira moral” maior do que alguns vereadores (a maioria) estarem protegendo um prefeito que deve explicações à população, e que não tem mais legitimidade moral para permanecer no cargo que ocupa. Mas, uma coisa de fada vez. Assim que as águas baixarem, o povo deve exigir investigação rigorosa (não por esses vereadores amigos do prefeito ,mas por pessoas realmente sérias) sobre a não evacuação do Hospital de Pronto Socorro e a fala do “tá tudo tranquilo” um dia antes do bairro Rio Branco ser inundado. Sobre o rompimento dos diques por falta de manutenção pela prefeitura. Sim, essas questões não podem passar esquecidas impunemente.

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