A cidade oferece o tema, a morte do cone laranja.
O trabalho escravo, sem insalubridade por três anos ao relento e sofrendo com as agruras do tempo. Horas extras não reconhecidas, trabalhar por dias a fio em uma das principais ruas do centro em desvio de função para abrir espaço para políticos de ocasião, até serem recolhidos por um edil e devolvidos no Paço Municipal.
Indo à Feirinha da Inconfidência, todos os sábados, assistimos com tristeza a falta de reconhecimento ao nosso “de cujus” no entra e sai de Alcaides nesses três anos e meio de desgoverno, ele definhou dias após dias até perecer.
A vida foi dura para o Cone Laranja, mas ele deixa filhos e netos. Um deles é meu candidato a vereador, é outro cone de valor, forjado nos buracos da cidade do Avião ✈ encostado no INSS, merece todo o reconhecimento e deve ser um campeão de votos na próxima eleição, ninguém trabalhou mais que os cones nesta cidade. Enfrentaram uma microexplosão temporal, duas grandes enchentes e principalmente o descaso com o bem público, lá estavam eles, sempre sinalizando a incompetência instalada na Aldeia.
Está nascendo um réquiem ao herói Cone Laranja, a cidade do Avião deve desculpas a nosso mais fiel servidor.
Colocamos em forma de metáfora poética o “réquiem ao Cone Laranja”, desta forma vamos mostrar a quanto tempo de serviço e abandono público vem acontecendo. Só a foto já é autoexplicativa, ela mostra a total ineficácia, a negligência e o descaso em relação à gestão de políticas públicas em uma cidade.
O réquiem que estamos fazendo sugere um tributo fúnebre ou um lamento pela perda, ou pelo fim do “Cone Laranja”. Sua função é sinalizar obras, no caso, aqui exposto, é falta delas. A cada cone espalhado na cidade existe uma denúncia simbólica, um elemento distintivo ou icônico, que representa o descaso do serviço público, com obras, manutenção viária ou intervenções urbanas. Para eles basta colocar um cone e esquecê-lo até seu falecimento, como o que aconteceu com nosso herói urbano, o “Cone Laranja”.
Quando referenciamos “tempo de serviço”, sugerimos que o Cone Laranja desempenhou um papel por um período prolongado, possivelmente indicando projetos inacabados, obras intermináveis ou ações governamentais que se prolongam sem conclusão. Já o “abandono” representa a negligência e a falta de comprometimento com a manutenção, a finalização ou a efetividade das políticas públicas.
Os cones são frutos da má política pública e se caracteriza pela ineficácia, pela falta de planejamento, pela burocracia excessiva, pela suspeita de corrupção ou pelo descaso com as necessidades e demandas da população da cidade do Avião. Foram três anos de entra e sai na rodoviária chamada Paço Municipal, não poderia haver governabilidade. Fomos atingidos por pandemia e enchentes, mas não é desculpa para inércia que tomou conta da cidade.
Os cones são um alerta, sua presença é de “sinalização” para a falta de infraestrutura, de planejamento urbano, de mobilidade e total descaso com qualidade de vida. Isso tudo reflete os problemas estruturais, falta de investimento, ausência de manutenção e descaso com a cidade e seus habitantes.
Nossa homenagem ao “de cujus” é em forma de protesto, por mais de três anos de desrespeito aos “Cones Laranjas”, um símbolo do descaso e do abandono no serviço público.
A forma poética desenha nossa tragédia urbana, é uma forma expressar nossas críticas à má política pública, à ineficácia na gestão e ao descaso com os serviços prestados à população.
Com nossa metáfora de sábado pela manhã (madrugada) faço um convite à reflexão sobre a importância da eficiência, da transparência e do comprometimento na administração pública, visando o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos em uma cidade.
De qualquer forma o meu voto está decido, votarei nesta eleição no “Cone Laranja Júnior”, neto do “De Cujus Laranja” que agonizou até falecer por excesso de trabalho nas vias públicas das Canoas.
2 Respostas
Terás meu voto “Cone Laranja Júnior”
Cone laranja servindo pra reservar vaga na rua pra um amigo do prefeito estacionar seu carro?
Pode isso, Arnaldo?
E ainda recebeu homenagem?
Kkkkkkkkkk
Só em Canoas mesmos. E tem gente que ainda leva isso a sério.