O pleito de Gotham City | Onde o “ego” está acima do interesse da população

Clique para ouvir esta notícia

“Os peões vão primeiro”, é uma frase de Magneto antes de enfrentar os X-Man. Ela reflete o que está acontecendo em Gotham City atualmente, uma guerra sem tréguas pelo poder na Village. E, é nesse momento que os “barulhentos peões” invadiram as redes sociais para mostrar suas habilidades diante do caos instalado.

Dito isso, vamos a grande batalha, o pleito de Gotham City, quem será o novo senhor das trevas?

O jogo está posto!

O momento é de agitar os peões no tabuleiro, após eles darem o primeiro passo, é a hora de escolher os postulantes ao Yellow City Hall. Eles são muitos “do mesmo”, nada de novo se apresenta.

O que se nota é uma total desorganização na batalha, onde o “ego” está acima do interesse da população, todo mundo quer ser candidato, sentam juntos, mas maquinam uns contra os outros. Nada se definem, a não ser o objetivo de derrubar o Alcaide atual.

Ao governo, que pode buscar uma reeleição, é interessante essa disputa quanto mais divididos e maior número de candidatos na oposição melhor, onde existe divisão e quantidade de concorrentes os votos se espalham e enfraquecem os adversários. Seria uma oposição sem líderes definidos, onde os egos inflados falam mais alto.

Fizemos uma continha rápida aqui, Gotham City tem hoje mais de 20 postulantes ao cargo de Alcaide da Village, sendo entre eles apenas três mulheres e apenas um é da situação, ou seja, governo. Olhem o tamanho da divisão que a oposição está tendo.

E O QUE ISSO PODE CAUSAR?

Quando uma oposição não consegue se unir e apresenta divisões internas, rivalidades e conflitos entre seus líderes, isso fortalece o grupo político ou o governo que está no poder. Em Gotham as divisões internas na oposição são latentes, com isso enfraquecendo sua capacidade de apresentar uma frente unida, coesa e eficaz para contestar as ações do governo, propor alternativas e, principalmente, mobilizar apoio popular.

A fragmentação de votos em muitos líderes na oposição pode levar à dispersão do apoio eleitoral, enfraquecendo a capacidade do grupo de conquistar eleitores e de se opor eficazmente ao governo.

A “guerra de egos” leva a falta de uma mensagem clara. Hoje a oposição está contraditória, propostas divergentes e falta de coerência em relação às políticas, vivem brigando dentro de suas próprias agremiações, ou estou mentindo?

Se nada mudar nas estratégias, a oposição em Gotham irá acabar por confundir os eleitores e, com isso, perder a credibilidade.

Para o governo é um prato cheio essa falta de unidade, a ideia é explorar isso, criar novos candidatos dentro da própria oposição ou seria “plantar” concorrentes. Isto faz parte do jogo político desde sempre, desacreditar a oposição, enfraquecer suas críticas e consolidar seu poder, aproveitando-se das fraquezas do grupo adversário.

Aos oposicionistas, cabe reagir e mostrar clareza, resolver a falta de unidade, buscar um objetivo único, conquistar a confiança do eleitorado que está desiludido, desmotivado ou descrente em relação a tudo em Gotham City. A oposição precisa mostrar que realmente é uma alternativa viável de mudança, sem isso, será mais do mesmo.

Nessa “guerra de egos e sem coerência” irá vencer o mais coerente, o que entender o que é coesão, o que é mobilização, o que buscar consenso e a construção de uma frente verdadeiramente unida. São as armas que uma frente oposicionista deveria ter atenção, para poder construir um sistema político saudável e mais democrático.

PENSAMENTO DO DIA

Enquanto isso, em Metrópoles, o estrategista Comissário Gordon observa os movimentos do jogo, deixa peões e egos ficarem em exposição. Afinal, os jogos vorazes estão apenas começando.

 

PS: Hoje, o repórter Qualquer Quente não dará expediente no departamento no Clarin Diário, ele foi assistir ao filme “O Planeta dos Macacos” e ver a evolução de uma espécie como sociedade.

“Homem primata, capitalismo selvagem”.

 

Uma Resposta

  1. Bom dia Qualquer Quente!
    Imaginando a política como um prisma, sim, as afirmações de QQ podem ter espelhamento em um lado desse prisma, mas com certeza há outros. Talvez até já defendida por QQ, pois política também é fotografia do momento!
    Não acredito que a inundação mudou tudo no cenário político.
    Ela aflorou tudo!
    Primeiro a incompetência do atual gestor, por óbvio de Gotham. Também por óbvio não me refiro a inundação, essa não havia como conter nesse momento, no máximo a crítica é bem colocada se avaliarmos muitos anos passados.
    Contudo se esvaiu o marketing tão explorado com o rótulo da competência! A crise é profunda, mas as reações à crise foram um desastre!
    Tanto tecnicamente, aonde em breve serão imputadas as responsabilidades, quanto a forma inadequada do uso dos recursos públicos que, da mesma forma, gerarão as devidas punições.
    Voltando ao tema o momento é exatamente esse, muitos partidos, muitas representações. O momento de fundir, coligar, está cronologicamente adequado. É da regra dessas relações!
    Tantas vezes se discuti a inércia da sociedade, sim essa está se envolvendo mais, na oxigenação de novas lideranças ou do encerramento de verdadeiras carreiras de Vereadores, tornando-as profissão (o que não são!) e a busca que esses “profissionais” deveriam ter por novos desafios!
    A crise que trouxe um enorme desgaste ao “administrador” pelas razões expostas que permitem essa percepção, também permite esse afloramento de lideranças.
    Isso é histórico e legítimo!
    O processo democrático incentiva essas relações ou seria democrático cercear o direito ou possibilidade desse ou aquele cidadão ou cidadã de concorrer ou buscar essa condição?
    “É mais do mesmo! Figurinhas carimbadas! Neófitos de plantão! Aventureiros!”
    Independente desses conceitos é direito e quem decide, decidirá!
    Outra visão desse mesmo prisma:”já vão se unir pelo poder?”, “mas o que aproxima aquele partido desse partido para estarem juntos?”!
    São as interpretações que se permite pelo tal prisma!
    O que discordo de QQ é que qualquer desses cenários possa fortalecer o “administrador” de Gotham.
    Só como exemplo, eram “x” máquinas necessárias para limpar a cidade, mas agora são três vezes mais!
    Limpariam em 45 dias, agora precisam só do dobro do período, 90 dias!
    Barbada pra comunidade conviver com tanto lixo e suas histórias perdidas, né?
    É muita incompetência, mas a vaidade do prever, do dominar as situações que exigem humildade e resiliência, levam a potencializar o desastre !
    Impossível se fortalecer pelo processo democrático de direito!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore